quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pesquisa pretende preservar história da EFOM em São João del-Rei

Em 15/04/2010 foi ao ar, através do MGTV, na TV Panorama, reportagem sobre o projeto do IHG intitulado "Ferrovia Oeste de Minas: História e Memória", proposto e coordenado pelo Instituto Histórico de São João del-Rei, através de seu sócio José Roberto Vitral, e financiado pelo Fundo Estadual de Cultura e da Lei de Incentivo à Cultura, ambos mecanismos de financiamento do Estado de Minas Gerais.

Segue abaixo a íntegra da reportagem, publicada no portal Megaminas:

Pesquisa pretende preservar história da Maria Fumaça em São João Del Rei

Preservar o que restou da linha de trem e resgatar antigas histórias de quem trabalhou na estrada de ferro do oeste de Minas. Em São João Del Rei, a Maria Fumaça deve deixar de ter um papel turístico e ganhar vida através da pesquisa.

São 130 anos de história sobre trilhos. Um verdadeiro museu rodante. E quem conhece cada peça desse acervo é o ex-maquinista Benito Mussolini Grassi, que passou mais de três décadas trabalhando na estrada de ferro oeste de Minas.

Pelo caminho, muitos fatos curiosos. Histórias que, como o rastro da Maria-Fumaça, correm o risco de se perderem no ar, no tempo e na memória. Dos 40 vagões que transportavam passageiros há mais de 30 anos atrás, restaram apenas 11. O trajeto também diminuiu, de 720 para 12Km, que ligam as cidades históricas de São João Del Rei e Tiradentes. Agora quem senta nestes bancos não são mais os moradores da região. São turistas de todo o país e do mundo.

Mas para o historiador Bruno Campos, que nasceu e cresceu na cidade, só o turismo não basta para preservar o que restou da linha de trem. É preciso fazer um resgate da consciência da população local sobre a riqueza cultural que eles têm logo ali, no quintal de casa. No som de um apito.

Por isso ele (José Roberto Vitral) idealizou, com a ajuda do Instituto Histórico da Cidade, um projeto que vai colher, selecionar e arquivar depoimentos de ex-funcionários da antiga linha de trem.

Quem passa em frente à estação todos os dias, mas nunca entrou, ou esqueceu qual era a sensação de andar em um trem, aprovou a iniciativa. Também estão previstos um concurso de fotografia e palestras mensais para divulgar mais a história da ferrovia.

Um comentário:

  1. Como assim, deixar de ser turístico? Uma coisa não elimina a outra. O próprio turismo pode ser fonte de pesquisas. O grande barato da ferrovia é justamente possibilitar estudos em várias áreas do conhecimento, se insere em vários temas, como História social, da tecnologia, da comunicação, cultural, industrial, etc. Dá margem a estudos da arquitetura, da antropologia, da engenharia, etc.

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